Em um país que segue no topo das nações onde mais se mata LGBTs e onde a intolerância ganha cada vez mais espaço, declarar-se abertamente gay, lésbica, bissexual, transexual... para os pais, a família e os amigos pode ser um desafio muito complexo.
Por isso, muitos ainda preferem manter essa informação só para si, “dentro do armário”, que é um espaço simbólico de gerenciamento de um segredo, que ainda tem um peso social muito forte. Contar para os amigos e familiares, ou seja, “sair do armário” é sempre um momento de muita tensão, praticamente, um ritual de passagem.
Um momento que pode significar também a ruptura de alguns laços (e a criação de novos), já que são muitos os fatores que influenciam as reações de aceitação ou rejeição e elas podem ser imprevisíveis. Muitos são expulsos de casa, da igreja, dos grupos de amigos e precisam se reinventar e encontrar novos núcleos de convivência social.
Mas, muito além de ser um “mal-estar” individual, estar no armário ou fora dele e não ser aceito, mata! Milhares de homossexuais cometem suicídio todos os anos por não quererem ser uma vergonha para os pais, nem para a sociedade, ou por terem sido rejeitados.
Quando uma pessoa tem a coragem de assumir quem realmente é e enfrentar todas as possíveis consequências dessa revelação ela só quer ser aceita e amada como ela é.
Se assumir para si próprio e para o mundo é um processo, e cada pessoa tem o seu tempo, sua história, suas próprias angústias e medos e só ela pode resolver se deve sair do armário e quando isso deve acontecer.
E é justamente esse tema que vamos abordar ao longo de toda essa semana! Serão muitas reflexões e espero que vocês aproveitem e dividam comigo suas impressões.
Você já saiu do armário? Como foi a sua saída? Compartilha comigo nos comentários e vamos trocar vivências sobre esse momento.
E se quiser ter certeza de que está mesmo fora dele, faz o teste: “Você está mesmo fora do armário?”.
Bjpro6
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