Usuários de maconha podem estar mais suscetíveis a desenvolver psicose, aponta um estudo feito na Europa.
A pesquisa analisou informações de mais de 1.200 pessoas sem histórico da doença residentes em 10 cidades europeias e uma do Brasil, e as comparou com outros 900 usuários que moram nessas mesmas localidades.
Os pesquisadores descobriram que os indivíduos que relataram usar a droga diariamente eram três vezes mais propensas a ter um diagnóstico do primeiro estágio da enfermidade, em comparação com os usuários que relataram nunca usar a substância.
Já os que relataram o uso de maconha de alta potência diariamente, este índice aumentou em cinco vezes.
O experimento é o primeiro a sugerir que o padrão de uso de maconha em uma determinada área pode contribuir para a taxa de psicose na população.
Em Amsterdã, por exemplo, onde a cannabis de alta potência está amplamente disponível, aqueles que relataram o uso de substância de alta potência diariamente foram nove vezes mais propensos a desenvolver psicose, em comparação com aqueles que não usavam maconha.
"Como o status legal da cannabis muda em muitos países e estados, e como consideramos as propriedades medicinais de alguns tipos da substância, é de importância vital para a saúde pública que também consideremos os potenciais efeitos adversos associados ao uso diário de cannabis, especialmente variedades de alta potência", disse a autora do estudo, Dra. Marta Di Forti, do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociência do King's College de Londres, em um comunicado.
Ainda assim, é importante notar que o estudo encontrou apenas uma associação e não pode provar que usar maconha realmente causa psicose.
O estudo foi publicado no dia 19 de março, na revista The Lancet Psychiatry.
Com as informações de Live Science
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