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Foto do escritorCaio Graneiro

O espaço do inconsciente do analista no consultório


Quando dizemos que o psicólogo precisa estar com a sua terapia em dia, falamos isso por reconhecer que o nosso inconsciente é parte importante do processo de atendimento.


Às vezes, estamos diante de um paciente que nós já fizemos tudo o que sabíamos, todas as técnicas conhecidas e o caso não anda. E a gente fica cego e não consegue entender o por quê.


Aí vamos na supervisão e ouvimos a seguinte pergunta: “O que esse caso tem a ver com você e sua história?”. E por que nós supervisores perguntamos isso para quem está começando na clínica?


Justamente, porque existem alguns limites e pontos cegos que mesmo nós, terapeutas, não conseguimos enxergar. E esses pontos se dão por conta dos nossos processos inconscientes.


Se eu tive um pai muito distante e tenho um paciente que está sofrendo com processos de rejeição. Posso, inconscientemente, me identificar com esse paciente e, ao invés de impulsioná-lo para que ele cresça, ficar com dó.


Posso ficar tão identificado com uma dor e acabar não enxergando o paciente para além daquela dor.


Quando sentimos dó, raiva, medo ou preguiça do paciente... pode ser um sinal de que algo do nosso inconsciente está identificado com o paciente.


Nós precisamos olhar para dentro e encontrar em nós aquilo que precisa avançar, para depois poder convidar o paciente para esse processo.


Afinal, a gente não leva ninguém onde a gente mesmo ainda não chegou. Por isso, é tão importante a terapia e a supervisão para alguém que resolve atender na clínica.



E aí, lendo esse post lembrou de algum paciente? Pensou em algo que não está andando no seu consultório e que tem a ver com você? Espero ter colaborado para gerar algumas reflexões por aí.


Se você tem um paciente gay que precisa ser mais consciente, mostre para ele os espaços em que ele pode viver isso como a minha Comunidade Gays Conscientes.



Bjpro6


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