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Foto do escritorCaio Graneiro

Trabalhando o “ideal de eu” no consultório


Quando um paciente chega no consultório com uma contradição muito grande entre aquilo que ele gostaria de ser e aquilo que ele faz, o paciente realmente acha que ele é o que pensa que é, mas que aquilo que ele está fazendo precisa ser retirado.


Ele acredita que os comportamentos dele são sintomas que precisam ser aniquilados. Porém, muitas vezes, esses sintomas são partes do paciente que contam para ele sobre a sua verdadeira essência, sobre aquilo que ele realmente é.


Muitas vezes, uma pessoa religiosa que tem sentido desejos sexuais intensos, acredita que esses desejos são inimigos e precisam ser destruídos. Ou, uma mulher que sente muita inveja da sua própria filha, ou um homem gay que sente raiva de um homem que é afeminado.


Os exemplos são muitos. Mas, o que a gente pode pensar é que esses conflitos dizem respeito a uma contradição entre aquilo que a pessoa é e o que ela acredita que é, ou seja, o seu “ideal de eu”.


O terapeuta precisa ficar atento para que ele não levante uma guerra contra aquilo que a pessoa realmente é.


Por exemplo, é possível que essa mulher que está lutando contra os seus desejos sexuais, na verdade, seja o seu psiquismo pedindo para que ela tenha um processo mais integrativo.


Pode ser que ela se sinta assim, porque não suporta a ideia de que, na verdade, ela gostaria de viver uma vida em que seus desejos podem realmente acontecer.


E é o nosso trabalho como terapeutas ajudar o nosso paciente a entrar em sintonia com aquilo que ele é, em equilíbrio com os seus desejos e aquilo que ele pensa que é, ao invés de tentar calar a parte que ele realmente é.


Até porque se a gente tenta calar aquilo que o paciente realmente é, isso pode aparecer em sintomas mais fortes.


E aí terapeuta, você percebe quando aparece a idealização no seu consultório? Como lida com essa questão? Compartilha aí nos comentários suas experiências.


Bjpro6

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